Entenda porque o processo pode demorar
Uma das maiores dúvidas de quem acabou de entrar no mercado de licitação, é quanto tempo demora para lucrar com o processo licitatório se torne lucrativo.
Muitos dizem que é rápido, coisa de um mês ou nem isso.
A verdade? Leva em média 6 meses para que a empresa comece a faturar alguma coisa. Eu sei que parece muito, mas levando em consideração todos os procedimentos envolvidos em uma licitação, nem é tanto assim.
Ao longo desse período acontece toda a evolução do processo, como o cadastro nos portais, preparo dos documentos e a participação no processo em si. Afinal, a empresa está entrando no maior mercado do Brasil.
E como se a fase preparatória já não fosse demorada, já que a empresa tem que se organizar e deixar tudo nos conformes para poder participar, ainda há o processo de escolha em si, no qual a Administração Pública analisa as propostas e vence a mais vantajosa.
Ficou um pouco confuso? Não se preocupe. Para que você entenda melhor, vou te contar quais são as fases da licitação e o que acontece em cada uma delas:
Fase Interna
Essa fase é de responsabilidade da Administração Pública, que elabora o edital e define qual será o tipo e a modalidade da licitação, e quais requisitos os licitantes devem cumprir.
Fase Externa
É a partir daqui que o tempo começa a contar, já que agora as empresas interessadas entram no jogo – se estiverem devidamente cadastradas nos portais.
A fase externa tem 5 etapas: Apresentação da Proposta, Julgamento da Proposta, Habilitação dos Licitantes, Fase Recursal e Homologação.
Mas não acaba por aqui! Depois da assinatura do contrato, o vencedor começa um relacionamento com o órgão público, que dependendo do tipo de serviço, pode se estender por alguns anos. Mas por hora, vamos falar das etapas do processo:
Apresentação da Proposta
Assim que o edital for publicado, as empresas que querem fazer parte da licitação se inscrevem e apresentam suas propostas à Administração Pública.
Julgamento
Aqui o processo pode ficar mais demorado. As propostas são cuidadosamente analisadas para garantir que a mais vantajosa seja eleita.
Vale citar que cada modalidade de licitação prioriza coisas diferentes. No caso do pregão eletrônico, as propostas com menor preço (ou maior desconto) têm mais chances de ganhar.
Habilitação dos Licitantes
Ninguém gosta de contratar um serviço que não entrega o que prometeu. E para garantir que isso não aconteça, a Administração Pública exige atestados que comprovem tanto a aptidão da empresa para a execução da tarefa, quanto sua regularidade perante a lei, verificando também se os participantes possuem toda a documentação necessária para participar do processo.
Em algumas modalidades isso é feito antes que o vencedor seja escolhido. Já no pregão eletrônico, a habilitação acontece depois.
Fase Recursal
Depois da escolha do vencedor, as outras empresas que também participaram da licitação podem contestar a decisão e apresentar recursos para que a Administração Pública reconsidere.
Caso seja comprovado que a empresa vencedora não está apta, ou que o órgão público deixou passar algo em desacordo com o solicitado no edital, a empresa vencedora é desclassificada e outra toma seu lugar.
Mas se ninguém apresentar nenhuma objeção, ou se o recurso for negado, o processo segue naturalmente.
Homologação
Na fase final, a escolha do vencedor é oficialmente reconhecida e registrada.
Agora é assinar o contrato, aguardar a nota de empenho e começar a executar o serviço, ou entregar o produto licitado.
E depois disso, quando todas as exigências do contrato e nota de empenho forem devidamente seguidas, a empresa começa a receber o valor combinado.
Eu sei, é um processo um tanto longo, mas também é o mercado mais lucrativo do Brasil, então pode acreditar que vale à pena!
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